quinta-feira, 29 de março de 2012

PAPA DEFENDE DIREITOS HUMANOS EM CUBA


O Papa Bento XVI teve a coragem de pregar, nas barbas de Fidel, que Cuba precisa conhecer a palavra liberdade

Que diferença pessoal! Enquanto Lula e Dilma, ambos na condição de presidentes da República, estiveram em Cuba, mas não abriram a boca na defesa dos direitos humanos de milhares de presos que apodrecem nas prisões da Ilha, o Papa Bento XVI, um homem franzino e sem exércitos à sua disposição, falou o que tinha de falar. Agiu com diplomacia, sem provocações desnecessárias aos anfitriões, mas não deixou de abordar a questão dos direitos humanos, a pedra no sapato de Fidel.

Para atenuar as críticas, diplomaticamente condenou o embargo econômico dos EUA a Cuba. Mero jogo de palavras. No fundo, o que ele queria mesmo dizer, disse. E dane-se Fidel. Bem, enquanto Lula e Dilma meteram a viola no saco, preferindo se acovardar perante o sapo barbudo, Bento XVI, em nome dos ensinamentos do fundador da religião, que ele é um dos seus líderes na terra, deixou bem claro que “só a verdade liberta”.

Lula chegou ao desplante e cinismo de afirmar, quando da sua visita a Cuba, na condição de Presidente do Brasil, que não havia diferença entre os presos políticos mantidos pela ditadura cubana, dos que lotavam as cadeias no Brasil.

O problema é que ele e a presidenta Dilma acreditam que há ditaduras boas e ruins. Para os dois, ditadura de direita não presta, mas as de esquerda são ótimas, a exemplo da cubana. Nem um deles, com certeza, leu Rui Barbosa, que ensinava que todas, inexoravelmente, deságuam em tiranias, sejam elas fardadas, civis, eclesiásticas ou togadas.

Dizem que Stalin, irritado com alguns pronunciamentos de Pio XII, teria questionado: “afinal, quantos tanques têm esse senhor?” A igreja católica não tem soldados, tanques ou aviões bombardeios, mas carrega uma história de 2 mil anos, repleta de fatos extraordinários, inclusive o de que foi um deles, o Papa João Paulo II, que começou, pela Polônia, o processo de desmonte do regime que teve em Stalin o seu mais cruel governante, não muito diferente do fundado na Alemanha, por Hitler.

Portanto, aplausos para o Papa Bento XVI, que teve a coragem de pregar, nas barbas de Fidel, que Cuba precisa conhecer a palavra liberdade, e vaias para os dois, Lula e Dilma que, embora conhecedores das atrocidades cometidas contra os direitos humanos naquele País, contra os críticos da ditadura, preferiram calar, sob os argumentos mais absurdos, a exemplo de que em respeito aos princípios da soberania, um país não deve interferir nas questões de outro.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

Foto: agenteeteen.com

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