A direção do PT não gosta do Praciano por considerá-lo um indisciplinado, já que vez ou outra o ‘ceariba’ é contra a orientação dos cardeais do seu partido.
Ontem mesmo liguei para Brasília para parabenizar o meu amigo que me deu a informação, há pouco mais de um mês, de que o Eduardo Braga seria nomeado pela Presidente Dilma para um cargo importante no seu governo, numa jogada que teria por objetivo afastá-lo da disputa local para prefeito, com propósito de pavimentar a reeleição do Amazonino.
Depois que escrevi a matéria, que ontem foi publicada neste blog, fui dormir e, às 4:30h da manhã acordei e fiquei me revirando na cama procurando entender os fatos. Ao contrário de alguns animais que ruminam alimentos ingeridos, a exemplo de camelos e ovelhas, eu rumino idéias. E ruminando as minhas idéias foi que, de repente, comecei a entender muitas coisas que não estavam se encaixando bem na minha cabeça. Não demorou muito, logo passei a ver como se estivesse olhando através de um telescópio.
Daí, comecei a entender, por exemplo, a razão que levou o Amazonino e a sua turma, sem nenhum esforço, a desembarcar no PTD. Inicialmente acreditava que o arquiteto do ingresso do Negão no PDT tinha sido o Carlos Lupi. Coisa nenhuma. O Lupi, então Ministro do Trabalho, apenas recebeu ordens. Quem botou o Negão goela abaixo do partido foi a Presidenta Dilma. Disso não tenho dúvidas. A ala majoritária do PT daqui, que é ligada diretamente à cúpula do partido em Brasília, no dia da reunião, ocorrida no hotel da Da Vinci, montada para receber a filiação do Amazonino, estava lá em peso para recepcioná-lo e aplaudi-lo. Até a Kombi do Praciano foi flagrada na festa. Engraçado, poucos filiados do PDT se fizeram presente; alguns gatos pingados. O grosso da escória, que naquele dia estava no oba, oba, para receber o Amazonino, era do partido da Dilma. Parafraseando uma certa figura, pronunciada quando espinafrava um pobre mulher paraense: “entendi, tá explicado!
A Dilma trocou o Praciano pelo Amazonino. O velho Praci já era. A direção do PT nacional não gosta do Praciano por considerá-lo um indisciplinado, já que vez ou outra o ‘ceariba’ vota no plenário contra a orientação dos cardeais do seu partido. Dia desses, um dos vereadores mais ligados ao Amazonino me confidenciou que o seu líder (chefe como ele o chama) lhe afirmou que o seu vice tem que sair do PT. O problema, argumentou-lhe o Negão, “está difícil porque o PT não tem quadros, ou seja, é pobre de nomes com expressão política”. Por que o vice do Amazonino tem que sair do PT? Para o bom entendedor, meia palavra basta. Te cuida, Eduardo! A fogueira das vaidades tem queimado muita gente. E as luzes cintilantes de Brasília, também.
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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