sexta-feira, 30 de março de 2012

PREFEITURA PROÍBE EMPRESAS DE JOGAR ENTULHO NA LIXEIRA PÚBLICA


Ora, caso a lixeira seja fechada para essas empresas, onde é mesmo que elas vão poder depositar o lixo? No Igarapé mais próximo, ou se unem e jogam tudo na frente da casa do Prefeito?

A confusão está feia. Prefeitura, Ministério Público e a Vara do Meio Ambiente, unidos, resolveram impedir que as 118 empresas, que retiram o chamado lixo sólido da cidade, utilizem a lixeira pública, a única de Manaus, situada na AM/10. O prazo dado pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), às empresas do setor, expira amanhã.

Os proprietários dessas empresas estão preocupados, mais do que isso, desesperados, sem saber o que fazer, e todos torcem no sentido de que os atores acima citados decidam pelo adiamento de tal decisão, o que só é possível se houver bom senso e vontade de resolver um problema que pode causar enormes danos à população de Manaus.

As empresas que trabalham com o disk-entulho recolhem hoje o equivalente a 60 por cento do lixo produzido na cidade. Ora, caso a lixeira seja fechada para essas empresas, onde é mesmo que elas vão poder depositar o lixo retirado diariamente? Jogar no Igarapé mais próximo? Nas margens de alguma rua? Ou se unem e jogam tudo na frente da casa do Prefeito, o principal responsável pela atual situação, que, embora sabendo que a lixeira pública está no seu limite, ou seja, com prazo vencido, nada fez para solucionar o grave problema.

Por tudo isso, ou melhor, no propósito de que nada disso aconteça, é que procurei o Presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Isaac Tayah, relatei-lhe o fato e, em companhia de vários empresários do setor, estivemos ontem no Ministério Público para tratar do assunto. Foi, pelos menos, dado o pontapé inicial no rumo de uma negociação para salvar Manaus do caos, caso o problema não seja resolvido nos próximos dias.

Outra iniciativa nossa foi a decisão de fazer uma Audiência Pública na Câmara, o que deverá acontecer no início da semana que vem, com a presença de todas as autoridades envolvidas no processo, a exemplo do Ministério Público, da Vara do Meio Ambiente, da Secretaria da Limpeza Pública, do Ipaam, da Semma, entre outros. Nós vereadores, presentes à reunião, podemos funcionar como mediadores, chamando à razão os que apostam no caos, ou seja, no pior para a cidade.

Dessa reunião sairá uma decisão, com certeza positiva, tirada do bom senso de todos aqueles que lutam para que Manaus não mergulhe em toneladas de lixo. O amor por Manaus, ao final, vai falar mais alto. Garanto.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

Foto: veja.abril.com.br

quinta-feira, 29 de março de 2012

PAPA DEFENDE DIREITOS HUMANOS EM CUBA


O Papa Bento XVI teve a coragem de pregar, nas barbas de Fidel, que Cuba precisa conhecer a palavra liberdade

Que diferença pessoal! Enquanto Lula e Dilma, ambos na condição de presidentes da República, estiveram em Cuba, mas não abriram a boca na defesa dos direitos humanos de milhares de presos que apodrecem nas prisões da Ilha, o Papa Bento XVI, um homem franzino e sem exércitos à sua disposição, falou o que tinha de falar. Agiu com diplomacia, sem provocações desnecessárias aos anfitriões, mas não deixou de abordar a questão dos direitos humanos, a pedra no sapato de Fidel.

Para atenuar as críticas, diplomaticamente condenou o embargo econômico dos EUA a Cuba. Mero jogo de palavras. No fundo, o que ele queria mesmo dizer, disse. E dane-se Fidel. Bem, enquanto Lula e Dilma meteram a viola no saco, preferindo se acovardar perante o sapo barbudo, Bento XVI, em nome dos ensinamentos do fundador da religião, que ele é um dos seus líderes na terra, deixou bem claro que “só a verdade liberta”.

Lula chegou ao desplante e cinismo de afirmar, quando da sua visita a Cuba, na condição de Presidente do Brasil, que não havia diferença entre os presos políticos mantidos pela ditadura cubana, dos que lotavam as cadeias no Brasil.

O problema é que ele e a presidenta Dilma acreditam que há ditaduras boas e ruins. Para os dois, ditadura de direita não presta, mas as de esquerda são ótimas, a exemplo da cubana. Nem um deles, com certeza, leu Rui Barbosa, que ensinava que todas, inexoravelmente, deságuam em tiranias, sejam elas fardadas, civis, eclesiásticas ou togadas.

Dizem que Stalin, irritado com alguns pronunciamentos de Pio XII, teria questionado: “afinal, quantos tanques têm esse senhor?” A igreja católica não tem soldados, tanques ou aviões bombardeios, mas carrega uma história de 2 mil anos, repleta de fatos extraordinários, inclusive o de que foi um deles, o Papa João Paulo II, que começou, pela Polônia, o processo de desmonte do regime que teve em Stalin o seu mais cruel governante, não muito diferente do fundado na Alemanha, por Hitler.

Portanto, aplausos para o Papa Bento XVI, que teve a coragem de pregar, nas barbas de Fidel, que Cuba precisa conhecer a palavra liberdade, e vaias para os dois, Lula e Dilma que, embora conhecedores das atrocidades cometidas contra os direitos humanos naquele País, contra os críticos da ditadura, preferiram calar, sob os argumentos mais absurdos, a exemplo de que em respeito aos princípios da soberania, um país não deve interferir nas questões de outro.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

Foto: agenteeteen.com

terça-feira, 27 de março de 2012

CPI DA ÁGUA VIROU CONVERSA FIADA, PAPO PARA BOI DORMIR


E agora José? Não me refiro ao poema de Carlos Drumond de Andrade, mas ao Waldemir José que também fez coro de que a CPI era a solução para fazer jorrar água nas zonas Leste e Norte da cidade

Em véspera de eleição, setores da imprensa local passaram à sociedade a idéia de que a CPI da água tinha poderes para fazer chegar o precioso líquido às casas das 500 mil pessoas dos bairros situados nas zonas Leste e Norte.

Agora, aprovada e instalada a CPI, esses mesmos seguimentos da imprensa mudam a linguagem e começam a falar tão somente em investigação. Não mais que de repente a conversa mudou.

Ora, se o problema é só investigação, então basta que os vereadores que vão compor a tal CPI leiam o relatório da que foi instalada em 2.005 e copiar tudo o que lá está. Entre as principais sugestões pode-se ler a que aconselha o Poder Executivo a anular o contrato com a concessionária Águas do Amazonas.

O resto todo mundo sabe o que aconteceu, a exemplo da repactuação do contrato feito a “posteriori” pelo Serafim Correia, que permitiu que a Águas do Amazonas continuasse dona da concessão, embora a CPI tivesse apontado outro caminho.

Por fim, investigar também o Proama, o projeto tocado na Ponta das Lages pelo Eduardo Braga, que agora arde como brasa nas mãos do Omar Aziz, pela falta da rede de distribuição da água que esqueceram de inserir no tal projeto, a exemplo da iluminação da Ponte Rio Negro, que só lembraram depois da obra concluída.

É o teatro do absurdo, a começar pelos artistas que vão integrar a CPI, todos eles liderados dos principais agentes a serem investigados. E agora José? Não me refiro ao poema de Carlos Drumond de Andrade, mas ao Waldemir José que também fez coro de que a CPI era a solução para fazer jorrar água nas zonas Leste e Norte da cidade.

Ora, depois que o Omar declarou publicamente que o Estado precisava investir R$ 1 bilhão para a construção da rede necessária para levar a água do Proama para as zonas Leste e Norte, toda essa história de CPI virou conversa fiada, papo para boi dormir. Ou seja, ou o Estado investe essa grana na tal rede, ou babaus. E tem mais: mesmo que o Estado consiga essa grana para tocar o projeto, as obras não ficarão prontas em menos de dois anos, pois, além do trabalho de aterramento das adutoras e das tubulações para as residências, também serão necessários reservatórios.

A realidade é essa. Não é preciso ser profeta para saber que essa CPI, movida pela demagogia, com fins eleitoreiros, está inexoravelmente fadada a virar pizza, melhor, uma macarronada tamanho família. Quem viver até lá, verá.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

segunda-feira, 26 de março de 2012

TERMINAL HIDROVIÁRIO DE SÃO RAIMUNDO ABANDONADO






Lá estive em visita neste último sábado e, ao lado de duas testemunhas, constatei o abandono de uma obra cara e mal planejada.

Por que os governantes deste País usam tão mal o dinheiro oriundo dos impostos que o povo paga com o suor do rosto? Um exemplo gritante foi a construção, no valor de R$ 20 milhões, do Terminal Hidroviário de São Raimundo, usada para embarque e desembarque das balsas que, até pouco tempo, faziam a travessia Manaus/Cacau-Pirêra/Manaus.

A Ponte Rio Negro já estava em franco andamento, quando o governo do Estado resolveu dar início às obras da construção do Terminal de São Raimundo, um absurdo que clama os céus, levando-se em consideração que, com a inauguração da ponte, as balsas perderam a finalidade e hoje se encontram amontoadas naquele porto, sem qualquer serventia.

Lá estive em visita neste último sábado e, ao lado de duas testemunhas, constatei o abandono de uma obra cara e mal planejada. Olhei tudo aquilo com o queixo caído. Ora, que sentido teria a construção daquela obra, se todo mundo sabia que, com a construção da ponte, o serviço de balsas na área seria desativado?

Vi tudo aquilo e não entendi nada. Não é que as obras sejam ruins, pelo contrário, são muito boas. O que ninguém entende é a razão porque uma estrutura tão cara encontra-se agora abandonada. Tudo bem. Já que não vai servir mais como porto para as antigas balsas, por que não transformar em atracadouro para as embarcações do transporte regional.

Se a minha opinião valesse alguma coisa, eu aconselharia o governador Omar Aziz a concluir o porto em questão, autorizando a utilização de duas ou três grandes balsas, para atracação de barcos, que seriam usadas pelas pessoas que chegam do Rio Negro e dos seus afluentes, que hoje embarcam e desembarcam, sem conforto e muito sofrimento, no Igarapé do São Raimundo.

É desperdício, portanto, gastar-se tanto para nada. O dinheiro do povo tem que ser respeitado e, a melhor forma de respeitá-lo, é o governador Omar autorizar a imediata ocupação do porto, ora desativado, pelos barcos de linha que transportam o nosso povo do interior que, até os dias de hoje, ainda não foi contemplado pelo governo do Estado com os serviços de um porto decente para o transporte regional de passageiros.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CNN

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

sábado, 24 de março de 2012

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO SAIU DO GOVERNO DE CABEÇA ERGUIDA


Aplaudido, principalmente pelo Plano Real, o modelo econômico que botou o Brasil nos trilhos do progresso que o Brasil vivencia hoje.

Hoje, depois de muitos anos, fiquei frente a frente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aliás, para mim, ele sempre será presidente. O encontro ocorreu no Parque do Mindú onde, como convidado especial, ao lado de companheiros do PSDB, visitou uma bela samaumeira, plantada há 20 anos, quando o Arthur Virgílio Neto, o idealizador e fundador do parque, era o prefeito da nossa Manaus.

A impressão que tive – e esse fato relatei a muitos amigos - é que o tempo não passou para o Presidente Fernando Henrique Cardoso. Talvez por ser magro, achei-o novo para os seus mais de 80 anos. Fosse um homem vaidoso e resolvesse pintar os cabelos brancos, ninguém lhe daria mais de 70 anos.

Enquanto ele era sabatinado pela imprensa, instintivamente passei a comparar a sua postura de intelectual brilhante, um sociólogo respeitado mundo afora, com o perfil boçal desse ignorante de carteirinha assinada que o sucedeu na Presidência da República.

Quanta diferença. Nem por brincadeira pode-se comparar o Lula da Silva com o Fernando Henrique Cardoso. Quando presidente, Fernando Henrique recebeu convite de várias universidades, do chamado Primeiro Mundo, com propósito de homenageá-lo com diploma Doutor Honoris Causa. Quantas universidades convidaram o Lula? Sinceramente, não sei quem teria coragem para tal.

Mas a diferença entre os dois é gritante, e não existe somente no campo intelectual. Existe também na área da dignidade e da ética. Nenhum escândalo abalou a administração de Fernando Henrique Cardoso, que saiu do governo de cabeça erguida, aplaudido, principalmente pelo Plano Real, o modelo econômico que botou o Brasil nos trilhos do progresso que o Brasil vivencia hoje.

Enquanto isso, escândalos cabeludos não faltaram na administração Lula, encabeçados pelo mensalão, o rei de todos, sem sombra de dúvida o mais infame da história da República.

Comparando os dois, Fernando Henrique é o Sol, enquanto Lula não é nem a Lua. Os nossos netos e bisnetos um dia vão aprender na escola que, enquanto Fernando Henrique foi um dos mais competentes e honestos presidentes; Lula da Silva e o seu PT encabeçaram a administração mais corrupta da história do Brasil. A história não perdoa. Ela é implacável. Eis a razão porque dizem que o tempo é o senhor da razão.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM