segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

BRASIL SUPERA PIB DA INGLATERRA COM CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZAS

Distribuição da riqueza não é sair por aí distribuindo o PIB em partes iguais. Isso não existe. Há outras formas como investimentos maciços na educação, na saúde, na construção de moradia, na segurança pública, na construção de esgotos...

O Produto Interno Bruto (PIB), do Brasil, superou o da Inglaterra. Em razão disso, o Brasil é hoje a 6ª economia do mundo, ficando atrás de países como os EUA, a China, a Alemanha, o Japão e a Itália. Beleza. Vamos comemorar soltando fogos e bebendo uns copos, como dizem os nossos irmãos portugueses.

Crescer economicamente é muito bom. O problema, no entanto, esbarra na distribuição das riquezas neste País. Ultrapassamos o Reino Unido e, daqui a pouco, vamos deixar a Itália para trás. A crise mundial nos ajuda. Nos EUA o desemprego cresce. A Europa vive a sua maior crise a partir da sua organização em mercado comum, com uma única moeda: o euro.

O problema nosso, agora, é o desafio quanto a distribuição da renda, levando-se em conta que as riquezas do País vão continuar concentradas nas mãos de poucos. Na época da ditadura quem falava em distribuir a renda era tachado de comunista e podia ser preso. O problema é que os tempos mudaram. A guerra fria acabou. Finalmente já se pode falar no assunto sem medo de apodrecer num porão de um quartel. Delfim Netto, ministro das finanças de um dos generais-presidentes da ditadura, certa vez saiu-se com essa: “vamos deixar o bolo crescer para depois dividi-lo.”

Ora, passaram-se mais de três décadas e, embora o bolo tenha crescido muito, a fatia maior ainda está nas mãos de poucos. PIB e renda per capita se são parâmetros em países como a Inglaterra, no Brasil não expressam nada. O nosso exemplo aqui é a Zona Franca de Manaus (ZFM). O que fica mesmo no Amazonas dos 40 bilhões de dólares que as empresas aqui sediadas, com generosos incentivos fiscais, faturam anualmente? Resposta: o ICMS que o Estado recolhe, o ISS que o município de Manaus fatura, somados aos empregos que o Distrito Industrial oferece, e só. Emprego? Será que se pode chamar de emprego ou é subemprego um operário do Distrito trabalhar, num terceiro turno, das 10:00 horas às 6:00 da manhã, para ganhar míseros R$ 750,00 que, com os descontos, só lhe sobram R$ 650,00?

Por outro lado, distribuição da riqueza não é sair por aí distribuindo o PIB em partes iguais entre os habitantes do País. Isso não existe. Há muitas formas de se promover o bem estar de um povo, a exemplo da melhoria salarial, de investimentos maciços na educação, na saúde, na construção de moradias para quem precisa, na segurança pública, na construção de esgotos, na qualidade da água, em propiciar o povo com uma justiça ágil e barata, e vai por aí.

Precisamos acabar com essa esmola de ‘bolsa isso e bolsa aquilo’, que os governantes, por questão eleitoreira, acostumaram o povo a passivamente receber. O trabalho enobrece o ser humano. O nosso povo não precisa de esmola, mas de emprego, do salário decente. Por que, ao invés de dar a esmola em forma de bolsa família, gás, floresta, e sei lá mais o que, o governo brasileiro, a exemplo dos EUA, não isenta de impostos os produtos (alimentos) que compõem a cesta básica? Fica aqui a sugestão.

Por: vereador Mário frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

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