Concluída em apenas quatro anos, a ponte chinesa possui 5200 colunas e é forte o suficiente para aguentar terremotos, tufões e até o impacto de um navio de 300.000 toneladas. Em 2016 a China vai concluir outra ponte com 50 km de extensão.
TRATA-SE DE UM ESCÂNDALO SEM LIMITES. É O QUE SE PODE CHAMAR DE ESCÂNDALO REI. CONFIRA E CHAME A POLÍCIA. POBRE POVO DO AMAZONAS. É um absurdo a diferença de gastos entre a ponte de 42,5 km, construída na China, sobre o mar, na baía de Jiaozhou, considerada hoje a maior do mundo, com a nossa que cruza o Rio Negro, de 3,5 quilômetros que, em termos de extensão, não passa de uma simples alça do gigante construído pelos chineses. A obra dos chineses possui pista dupla, como se fossem duas pontes paralelas que, somadas, chega a 85 km, portanto, maior que a distância entre Manaus e o município de Rio Preto da Eva, localizado a 80 km da nossa capital. Já a ponte sobre o rio Negro possui apenas uma pista de mão dupla.
Agora vejamos a diferença quanto ao preço entre as duas pontes, a nossa e a chinesa. Segundo a imprensa, os chineses gastaram com a ponte US$ 2,3 bilhões, ou R$ 3,6 bilhões na nossa moeda. No entanto, a nossa, de 3,5 km, mesmo antes de concluída, já engoliu R$ 1,2 bilhão.
Vamos agora à diferença entre os preços por quilômetro gastos lá e cá. Enquanto gastou-se na ponte chinesa R$ 87,6 milhões, por quilômetro construído, na Manaus/Iranduba o preço por quilômetro é de R$ 327,7 milhões e se fosse construída com duas pistas, como a dos chineses, o preço dobraria para R$ 655,4 milhões. A diferença é abissal, mais do que isso, é um escândalo!
A diferença é gigante. Aqui o governo do Amazonas gastou quatro vezes mais por cada quilômetro construído, aliás, a diferença é muito maior, sobe para oito, levando-se em consideração que a ponte chinesa é dupla, ou seja, em verdade são duas pontes, uma ao lado da outra, afasta por um espaço entre 30 a 40 metros. Nas fotos publicadas, percebe-se que foram montadas em estruturas independentes, em cima de pilares próprios, e compõem-se em mão e contra mão.
Em sendo assim, o preço do quilômetro da ponte chinesa diminui para R$ 43 milhões. E agora, que tipo de explicação ao povo pode dar o governo do Amazonas frente a tal diferença de preço? A mão de obra aqui é mais cara, os preços sobre material de construção, a exemplo de ferro e cimento, são muito mais elevados do que na China?
Alguém tem que explicar a razão de tanta diferença de preço. Por outro lado, uma coisa é construir uma ponte sobre um rio, com extensão de 3,6 km, outra, é enfrentar 42,5 quilômetros de mar. Não é preciso ser engenheiro para entender que a construção de uma ponte sobre o mar é muitas vezes mais complicada, difícil e arriscada do que a destinada a atravessar um rio. No mar, até porque se trata de região propícia a terremotos e tsunamis, o preço de uma ponte não pode ser menor do a construída para ligar as margens de um rio de águas plácidas.
Se for verdade que vão construir a ponte sobre o Rio Solimões, ligando Manaus ao Careiro, por favor, chamem a empresa chinesa que construiu a ponte sobre a baía de Jiaozhou. O bolso do povo do Amazonas agradece.
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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