Desde o início venho sugerindo que o camelódromo seja construído na área do que chamam de quadrilátero, que é o quarteirão contíguo ao porto que segue rumo ao antigo prédio da Assembléia
POR EXECESSO DE TEIMOSIA E BURRICE O CAMELÓDROMO QUE SERIA CONSTRUÍDO NA ÁREA HISTÓRICA DO PORTO DE MANAUS TERMINOU EM FIASCO. E TUDO POR QUÊ? RESPOSTA: PORQUE O AMAZONINO ACREDITA QUE PODE DOBRAR TODO MUNDO NO GRITO. ESSE É O PROBLEMA DE QUEM FICOU MUITO TEMPO NO PODER. Quando o Ministério Público interpôs ação na Justiça Federal para barrar a construção do Camelódromo nas dependências do Porto, sob forte argumentação de que a área é patrimônio histórico tombado pelo governo da União, percebi que qualquer reação seria como nadar contra a correnteza do rio Solimões. Em outras palavras: pura tolice, mais do que isso, burrice.
De imediato, assumi a tribuna, e aconselhei o Prefeito Amazonino Mendes a recuar do projeto e partir para outro, o que chamei de plano B. Ao invés de ouvir o conselho, persistiu no erro. Resultado: a empresa que estava investindo na área continuou gastando, tudo porque os iluminados da Procuradoria Geral do Município (PGM) entendiam que derrubar a ação do Ministério Público era fácil, uma brincadeira.
A realidade aí está. A Justiça não recuou e o projeto foi para o brejo, enterrando mais de R$ 6 milhões, conforme se queixam os donos da empresa que estava tocando a obra. E agora? Agora é encarar o prejuízo e, se ainda lhe resta dinheiro, partir para um outro em área onde o Camelódromo possa ser construído sem entraves burocráticos e jurídicos.
Desde o início venho sugerindo que o camelódromo seja construído na área do que chamam de quadrilátero, que é o quarteirão contíguo ao porto que segue rumo ao antigo prédio da Assembléia. Trata-se de uma área grande onde os prédios históricos estão ruindo, restando, na maioria deles, apenas a fachada. O problema é que a frente desses velhos casarões, quase todos remontando aos tempos da borracha, também correm perigo de desabar.
O que então deve o Município fazer? Em minha opinião a prefeitura deve desapropriar a área e construir no seu interior o camelódromo, mantendo a fachada dos prédios históricos. Além da ocupação do quadrilátero ora citado, ainda há a ilha do Monte Cristo, área na Manaus Moderna, próxima à feira da banana onde, por idéia minha, o Serafim tentou construir um shop popular, o que não aconteceu em razão do porto de Manaus ter reivindicado a área na Justiça. Outra solução é a Prefeitura alugar imóveis na área do centro e transformá-los, a exemplo do que aconteceu em outras capitais do país, em shops populares.
Em síntese, apresento três soluções que considero racionais e exeqüíveis, capazes de resolver tal questão. O que não pode é Manaus continuar como a única capital do País que ainda não resolveu o problema dos seus camelôs. O pior mesmo é que estamos às portas da Copa e, até a presente data, o prefeito Amazonino Mendes ainda não tem solução para o problema. E não tem, repito, pelo excesso de teimosia e burrice.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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