O AMAZONINO FOI VAIADO NA PRESENÇA DE LULA. A SORTE DELE É QUE, POR AQUI, NÃO MORA O PIEDOSO PADRE QUE, RECENTEMENTE, APLICOU UMA SURRA NO PREFEITO RELAPSO DE BOA VISTA DO RAMOS COM UMA CORREIA DE MOTOR. Tive que me beliscar para acreditar que estava assistindo o Amazonino, choramingando na televisão, reclamando da vaia que levou na presença do presidente Lula. Não fosse ridículo seria trágico, com certeza. O seu antecessor Serafim Correia levou várias. A situação ficou tão crítica que, já para o final do mandato, ele se negava a comparecer a lugares públicos com medo da vaia.
Isso é o que dá por não cumprir promessas de campanha. A vaia é pura demonstração de desagrado de um povo que se viu enganado por um governante relapso no trato da coisa pública. O Serafim e o Amazonino, como prefeitos, como eu já disse por aqui, até parecem irmãos xifópagos, estão unidos até nas vaias.
O transporte coletivo persegue os dois. Ambos chegaram ao poder prometendo resolver, em pouco tempo, a situação de calamidade do transporte coletivo. Ambos fizeram o jogo dos proprietários de ônibus. Ambos, a pedido deles, aumentaram o preço da tarifa, sob promessa de que logo colocariam ônibus novos na cidade.
O Serafim, para ajudar os seus amigos donos de ônibus, criou a Transmanaus. Os chefões, entre eles o Acir e o Baltazar, duas figurinhas carimbadas, prometeram colocar 500 ônibus novos nas ruas, mas antes exigiram aumento das passagens. O Serafim deu. Descobriu-se que, dos ônibus que chegaram, no máximo 15 por cento eram novos, enquanto os demais eram encarroçados ou simplesmente desamassados e pintados. Desconfiado, como seu vice abri-lhe os olhos, mas ele não deu a mínima importância às minhas preocupações.
O Amazonino seguiu os mesmos passos. Ainda na campanha, prometeu que em 120 dias resolvia o problema do transporte coletivo. Passados quase dois anos e a situação está pior do que antes. Segundo a própria SMTU, 80 ônibus quebram diariamente nas ruas de Manaus, alguns por defeito mecânico e outros até pegando fogo. Dia desse um homem varou o assoalho enferrujado de um ônibus do antigo Expresso e só não morreu porque foi retirado do buraco por outros passageiros.
O Amazonino prometeu tudo para ganhar a eleição. Exemplo: prometeu construir mil creches, mas, quase dois anos depois, ainda não construiu nenhuma. Nisso o Serafim está na frente dele, pois prometeu construir 40 e, ao final do seu governo, entregou uma. Ora, não é difícil o Amazonino construir duas para depois se gabar que ultrapassou o Sarafa em 100 por cento.
A sorte do Amazonino é que em Manaus não mora o padre que, recentemente, surrou o relapso prefeito de Boa Vista do Ramos com uma correia de motor. Se a moda pega por aqui, o Amazonino corre o risco de não levar apenas vaia, mas boas lambadas nos costados, cada vez que aparecer de público. Cuidado Negão! Como sou teu amigo, vai aqui uma boa receita para quem leva esse tipo de peia no lombo: água com vinagre e uma pitada de sal. Tem gente que diz que esse remédio não é santo, mas obra milagre.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM
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