TODO MUNDO SABE QUE NÃO FOI POR MERO ACASO QUE O AMAZONINO ESCOLHEU A ÁREA DO PORTO PARA A CONSTRUÇÃO DO CAMELÓDROMO. SERÁ QUE FOI POR COINCIDÊNCIA, OU PORQUE HÁ CAROÇO POR TRÁS DESSE ANGÚ? Sobre a confusão que o Amazonino armou para cima dos camelôs, que desejam um lugar para trabalhar, e da população, que quer ver as praças e ruas para transitar livremente, tenho a dizer que outras opções existem para solucionar tão grave problema, além da ocupação de parte do Porto de Manaus, área de tombamento nacional, portanto difícil de ter as suas dependências mexidas, a não ser em trabalho de restauração, a exemplo do que ora ocorre no Mercado Municipal Adolpho Lisboa.
O que está em jogo é o interesse que o Amazonino tem, de longa data, pela área do Porto. A escolha do local tem outras razões. A questão Camelô é o que menos importa para o prefeito Negão. Ele está cuidando é dele, o resto é que se lixe.
Por que a opção pelo Porto para reunir os camelôs do centro? Mera casualidade? Será que o Porto é o único lugar capaz de solucionar o problema? Não me parece a única, há outras soluções, até melhores, descentralizadas. Sobre as três publicamente já me pronunciei, inclusive da Tribuna da Câmara.
A primeira reside na construção de um Shopping Popular (Camelódromo) na Ilha do Monte Cristo, área espetacular localizada na Manaus Moderna. Essa idéia eu passei para o Serafim quando fui o seu vice. O projeto foi elaborado e a obra só não saiu porque esbarrou numa briga que o Serafim tinha com os De Carli, que foram à Justiça e alegaram ser a área do controle do Porto. Resultado: o Camelódromo não saiu e a área continua ociosa, usada tão-somente como estacionamento de caminhões.
E por que a área do Monte Cristo é ideal para a construção de um Camelódromo? Pela simples razão de estar próxima do porto da Manaus Moderna, onde desembarca grande parte da população que chega do interior. O público alvo do camelô são as pessoas que chegam do interior do Estado, que não compram nas grandes lojas, mas nas barracas dos camelôs ou nas lojas do bate palmas, onde encontram bons produtos por preços reduzidos.
Outra proposta que apresentei como vice-prefeito, foi a da utilização dos grandes terminais construídos para o sistema Expresso. Como o pé direito dos terminais é muito alto, poderiam ser construídos mezaninos, uma espécie de mais um andar, para que centenas de camelôs fossem neles abrigados em lojas de cinco a seis metros quadrados. E por que os Terminais? Ora, porque, pelos terminais, milhares de pessoas transitam diariamente e fazem parte do público preferido dos camelôs. Essa proposta foi amplamente divulgada pela mídia e, inclusive, recebi o apoio do presidente da Associação dos Camelôs de Manaus.
Outro local ótimo para a construção de um grande Camelódromo é o quadrilátero da Booth Line, localizado nas proximidades do Porto do Roadway. Naquela área a grande maioria dos prédios já ruiu, só sobrevivendo as fachadas, ou frentes. O problema é que essas frentes, pela ausência da amarração ao restante do prédio que deixou de existir, também pode desabar. Ora, por que não evitar o pior. Em minha opinião deve-se manter intacta a fachada dos prédios, pois a arquitetura deles tem a ver com a Manaus do fim do século XIX e, na área interna, construir-se um grande Camelódromo, muito maior do que o pretendido pelo prefeito Negão nas dependências do Porto de Manaus.
São três as soluções que apresento, mas nenhuma interessa ao Amazonino. Pudera, em nenhuma dessas áreas ele vai poder manipular economicamente em seu favor. Como já diziam os antigos: ‘para o bom entendedor, meia palavra basta’. Todo mundo sabe a razão do interesse do Amazonino em construir o Camelódromo na área do Porto. Dizer mais não é preciso. As pessoas inteligentes sabem do que falo.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM
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