Mário Frota fala de sua vida íntegra e lembra seu passado de lutas pela democracia. Magoado com o tratamento dado pela imprensa à Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Estadual contra o cartão corporativo da Câmara Municipal, e visivelmente irritado com uma charge de ratos roendo o cartão, o vereador Mário Frota (PDT) lembrou seu passado de lutas contra a ditadura, sua história de vida e sua integridade moral. Ele disse também que a imprensa tem que ser altamente responsável e não pode ser leviana no que publica, sob pena de macular a honra de pessoas de bem.
O parlamentar pedetista lembrou que tem no currículo oito mandatos legislativos, sendo três de deputado federal, cargo para o qual se elegeu pela primeira vez quando recém-saído da Faculdade de Direito, onde ainda garoto enfrentou duramente a ditadura militar "quando muitos se escondiam debaixo da mesa com medo da fúria dos ditadores". "Comecei a me expor ainda garoto, como estudante, saindo da faculdade fui o deputado federal mais votado daquela eleição e depois de oito mandatos – sem contar um de senador que foi garfado - sou miseravelmente atingido como todos aqui o foram", protestou o parlamentar. Para ele, a imprensa, que se julga o quarto poder e tem relação com o poder e o povo precisa ser justa, não pode generalizar como alguns jornais vêm fazendo. "A charge que mostra a Câmara sendo devorada por ratos é ferina, o jornal feriu pessoas honestas que não são corruptas como o jornal está generalizando", desabafou, afirmando depois que se tem algum rato na CMM, o jornal deve identificar e publicar o nome "porque a CMM não é lugar de ratos e as cadeiras são ocupadas por pessoas que tem honradez e compromisso com a sociedade", assim falou.
Mário Frota fez um apelo ao dono do jornal que publicou a charge para que fiscalize o seu jornal para evitar que matérias e charges assim sejam publicadas. Ele disse que se tivesse conhecimento de algum rato na CMM seria o primeiro a denunciar, "mas não conheço nenhum aqui dentro e fiquei muito magoado com isso", admitiu.
O pedetista acrescentou que "se é para fazer a prova da janela vamos fazer agora, convocando todos os poderes para uma reunião e pedindo que sejam transparentes, de forma aberta, reunindo todos num auditório com a imprensa e a sociedade para discutir abertamente a questão da transparência".
Fonte: Gabriel Andrade
Fotografia: Plutarco Botelho
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