A CPI PARA INVESTIGAR A FALÊNCIA DO TRANSPORTE COLETIVO DE MANAUS É VÁLIDA. O QUE NÃO PODE É O PREFEITO, QUE TEM MAIORIA ESMAGADORA NA CASA, RESOLVER INFLUENCIAR NA ESCOLHA DO PRESIDENTE E DO RELATOR. SE TAL ACONTECER, A CPI VAI PRO BREJO.
A celeuma está criada. É a marca da zorra. Vereadores criam três CPIs para investigar a mesma coisa, ou seja, o que deu origem a falência do transporte coletivo de Manaus. Entra neste liquidificador vários ingredientes picantes, a exemplo dos milhões de reais emprestados do BNDES para o Expresso ou “estresso” como é conhecido, que até hoje o povo de Manaus paga, sem falar nos recursos do próprio município; investigar o consórcio Transmanaus, uma arapuca que favoreceu ainda mais os tubarões que sugam os pobres da periferia que tem a seu dispor uma frota de ônibus carcomida pela ferrugem, caindo aos pedaços; a investigar as planilhas que servem de base para o aumento da tarifa, entre as mais caras do País. É uma salada dos diabos. A única coisa certa, é que não se chegará a lugar nenhum se a CPI for controlada pela maioria governista. São cinco os integrantes da CPI, entre os quais é escolhido um presidente e um relator. E se o Amazonino resolve, usando o peso da sua base na Casa, indicar o presidente e o relator, as peças chaves para que qualquer CPI dê certo? Aí a CPI vai para o espaço, pois já nasce contaminada. Foi exatamente o que aconteceu com a CPI que deveria abrir a caixa preta da Petrobrás. O presidente Lula mexeu os pauzinhos e conseguiu que a sua base emplacasse a presidência e a relatoria. Resultado: A CPI da Petrobrás foi esvaziada e, como era de se esperar, não deu em nada. Se isso acontecer aqui, somente um idiota pode acreditar que tal CPI vai investigar alguma coisa.
Vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM
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