quinta-feira, 26 de junho de 2014

PEQUENOS BURGUESES

Praciano, Rebecca, Heron e Vanessa representando como em “Pequenos Burgueses”, de Gorki: A peça retrata os dramas, as tragédias e as comédias de uma classe que vive entre o céu e o inferno.
Por vereador Mário Frota*  
Praciano, antes raivoso adversário de Eduardo Braga e de Amazonino Mendes, agora, falando mansinho, mais parecendo um gatinho de colo de madame... Eduardo, segundo dizem, afastou na marra a Rebecca sob estranha argumentação de que ela não iria decolar na campanha... Heron e Vanessa eram comunistas até provarem do poder, do gosto do dinheiro.
Chegada a hora do vamos ver como é que fica, o povo do Amazonas está de boca aberta com as notícias veiculadas pelos jornais que nos dão conta dos últimos arranjos políticos envolvendo acordos dos mais disparatados, anunciando aproximações entre políticos que, até ontem, eram inimigos ferrenhos. Na maior cara de pau os adversários de outrora agora se aninham sob as asas dos desafetos de ontem, como se tudo fosse a coisa mais normal do mundo.
Praciano, antes raivoso adversário de Eduardo Braga e de Amazonino Mendes, agora, falando mansinho, mais parecendo um gatinho de colo de madame, sem qualquer pudor, agora alia-se aos dois. Não é de estranhar, levando-se em conta que o velho Praça, é presidente da Frente Parlamentar Contra a Corrupção na Câmara, passado todos esses anos jamais fez qualquer crítica aos escândalos que explodiram dentro do PT, a exemplo do mensalão, do que envolve a Petrobrás, ou de outros não menos cabeludos.
E sobre as matérias publicadas nos jornais dando conta de que a Rebecca Garcia vai ser a vice do Eduardo Braga? Essa foi de suspender o fôlego. Eduardo, segundo dizem, afastou na marra a Rebecca sob estranha argumentação de que ela não iria decolar na campanha. Ato seguinte indicou a Vanessa Grazziotin para o seu lugar. Foi um Deus nos acuda de fofocas cruzando o azul da cidade, muitas delas dignas de serem encenadas em filmes de Hollywood. De nada adiantou a boataria que circulou naqueles tempos pois, agora, os dois estão unidos politicamente até que Deus ou o diabo os separe.
Somente na época da ditadura vi políticos em campos opostos, para valer. É como se a oposição estivesse do lado esquerdo do rio Negro e os políticos que integravam o partido que apoiava o regime autoritário encontrarem-se no lado direito. Nessa época os políticos levavam em conta a história de que óleo e água não se misturam nunca. Veio a democracia e, com ela, essa pouca vergonha que aí está. Com o tempo tudo mudou, pois agora eles se misturam e se lambuzam e, ao final, a ideia que passa é que todos  são farinha do mesmo saco.
Naquela época eu lutava na oposição e sabia o nome dos seus integrantes, ao contrário dos dias de hoje em que o povo não sabe de nada e vota sem conhecer a ideologia dos homens e mulheres que se candidatam em busca de cargos e poder. Como saber quem é hoje oposição e quem é governo? A diferença só tem a ver com quem está no poder ou quem está fora dele. Direita, esquerda, centro, comunista, todos são iguais, tudo é a mesma coisa. Heron Bezerra e Vanessa eram comunistas até provarem do poder, do gosto do dinheiro. No passado esses dois falavam mal da burguesia, agora, aliaram-se a ela e viraram também burgueses. Sinal dos tempos.

=*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.

terça-feira, 24 de junho de 2014

MÁRIO FROTA DEVOLVE DINHEIRO DOS INGRESSOS AOS COFRES DA PREFEITURA





Dizendo-se surpreso com a repercussão do caso, o vereador Mário Frota criticou duramente o Tribunal de Contas do Estado (TCE), por meio do seu procurador, Carlos Alberto Almeida, autor da denúncia. “A mesma preocupação não ocorreu por parte do ilustre procurador e dos seus colegas com propósito de apurar as graves denúncias de superfaturamento que envolveu as construções da Ponte Rio Negro e da Arena da Amazônia”
Conforme havia prometido por meio de matéria veiculada em seu blog, o vereador Mário Frota (PSDB), devolveu aos cofres da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM), no último dia 18, o valor de R$ 1.700, conforme cheque nº 854067, do Banco do Brasil, referente ao ressarcimento do valor dos ingressos que lhe haviam sido entregues, em nome da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), conforme soube depois, para assistir aos jogos da Copa do Mundo, realizados em Manaus.
De acordo com o vereador, quando recebeu os ingressos das mãos do seu chefe de gabinete, Paulo Onofre, pensava tratar-se de uma cota de cortesia da Fifa, à Prefeitura de Manaus, pelos relevantes serviços prestados - tendo à frente o prefeito Arthur Neto - na organização da Copa, mesmo porque já havia comprado, com antecipação, as entradas para as partidas que ele e sua família escolheram para assistir. Como já não mais precisava de ingressos, Mário distribuiu os oito que recebera aos assessores do seu gabinete.
Dizendo-se surpreso com a repercussão do caso, o vereador Mário Frota criticou duramente o Tribunal de Contas do Estado (TCE), por meio do seu procurador, Carlos Alberto Almeida, autor da denúncia. “Com o ressarcimento do valor dos ingressos aos cofres do município, acaba a ação. Ocorreu uma irregularidade, é fato, mas, com a melhor das intenções o erro foi sanado, absolutamente reparado”.
Para Mário, não se entende a razão do barulho em torno de uma questão que já foi resolvida com a concordância de todos. “A mesma preocupação não ocorreu por parte do ilustre procurador e dos seus colegas com propósito de apurar as graves denúncias de superfaturamento que envolveu as construções da Ponte Rio Negro e da Arena da Amazônia, duas obras que dobraram de preço, sem quaisquer justificativas”.
Para finalizar, Mário afirma que o TCE e o Ministério Público agiram de forma tímida, quase pedindo desculpas, frente aos escândalos de superfaturamento envolvendo tais obras. “Comparado a ilegalidade na construção desses bilionários empreendimentos públicos, os gastos do município com os ingressos, que foram devidamente ressarcidos, é fichinha, uma gota d’água espalhada no oceano”, conclui o vereador. (Por: Roberto Pacheco – MTb 426).


quinta-feira, 19 de junho de 2014

PROCURADOR DO TCE AMEAÇA PROCESSAR O DIRETOR-PRESIDENTE DA MANAUSCULT POR COMPRA DE INGRESSOS PARA A COPA




O procurador do TCE, Carlos Alberto Almeida, ameaça abrir o competente
procedimento para processar o diretor-presidente da Manauscult
Por: Vereador Mário Frota*

O TCE e o Ministério Público agiram de forma tímida, quase pedindo desculpas, frente aos escândalos de superfaturamento envolvendo a Ponte Rio Negro e a Arena da Amazônia. Comparado a ilegalidade na construção desses bilionários empreendimentos públicos, os gastos do município com os ingressos, que nesta sexta-feira serão devidamente ressarcidos, é fichinha, uma gota d’água espalhada no oceano.
Por dever de ofício, deste Blog, devo prestar esclarecimentos aos meus amigos e amigas sobre essa história dos ingressos que secretários e vereadores receberam da Prefeitura do Município para assistir aos jogos da Copa. Daqui, portanto, devo dizer que, com antecipação, já havia comprado os ingressos para as partidas que eu e a minha família queríamos assistir.
O que aconteceu é que, na véspera do primeiro jogo, eis que chega na minha residência o meu chefe de gabinete trazendo-me oito entradas, duas para cada jogo. Perguntei-lhe a origem do presente e ele me respondeu que tudo o que sabia era que os ingressos estavam sendo distribuído pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), o órgão oficial de cultura do município.
Curioso, tentei falar com o Bosco Saraiva, presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) sobre o assunto, mas infelizmente o seu telefone ou estava desligado, ou em comunicação.
O que me ocorreu na hora, é que os ingressos que ora estava recebendo poderiam ser fruto de uma cortesia por parte da FIFA, em agradecimento ao excelente trabalho realizado pela administração do prefeito Arthur Virgílio Neto, que se empenhou de corpo e alma, com propósito de que Manaus estivesse preparada para a temporada dos jogos da Copa.
Como já não mais precisava de ingressos, prontamente distribui os oito que estava recebendo com os funcionários do meu gabinete, pessoas que, acredito, dificilmente disporiam de recursos para comprá-los.  Confesso que fiquei feliz com a alegria que vi no rosto dos companheiros e companheiras beneficiados.
Fiquei surpreso quando, no dia do primeiro jogo, li nos jornais que os ingressos em questão haviam sido pagos com dinheiro público. Ora, como devolvê-los se, àquela altura, já os havia distribuído. Na Arena, afirmei a alguns colegas vereadores que a saída seria devolver aos cofres do município o equivalente ao preço dos ingressos.
Ontem mesmo enviei ao Bosco Saraiva um cheque no valor de R$ 1.700,00 para, em meu nome, ser depositado na conta da Prefeitura. O cheque, do Banco do Brasil, é de minha conta corrente, sob o número 854007. Bosco me prometeu que, feito o depósito, faria me chegar às mãos o comprovante. Assegurou, ainda, que o depósito seria nesta sexta-feira.
Sabedor, a posteriori, da compra dos ingressos por uma das suas secretarias, o prefeito Arthur Neto incontinente deu ordens aos seus secretários para depositarem na conta da Prefeitura o equivalente ao valor dos ingressos e, do lado da Câmara, os colegas vereadores assumiram o mesmo compromisso. Ao final, tudo feito dentro do figurino da decência e do respeito aos recursos do erário.
Agora, leio nos jornais o procurador do TCE, Carlos Alberto Almeida, ameaçando com todas as penas da lei deste mundo e do inferno que, mesmo não havendo qualquer prejuízo para os cofres do município, vai abrir o competente procedimento para processar o diretor-presidente da Manauscult, que já recebeu um puxão pelo pecadilho cometido, conforme expressão  usada  pelo prefeito Arthur Neto. Ocorreu uma irregularidade, é fato, mas, com a melhor das intenções o erro está sendo sanado, absolutamente reparado. Esse é o ponto mais importante.
O que não se entende é a razão do barulho em torno de uma questão que está sendo resolvida com a boa vontade de todos, porém, a mesma preocupação não ocorreu por parte do ilustre procurador e dos seus colegas com propósito de apurar as graves denúncias de superfaturamento que envolveram as construções da Ponte Rio Negro e da Arena da Amazônia, duas obras que dobraram de preço, sem quaisquer justificativas. E o monumento babaca e milionário, construído na Avenida Brasil, a mando do então governador Eduardo Braga, com o propósito de homenagear a construção da Ponte?
O TCE e o Ministério Público agiram de forma tímida, quase pedindo desculpas, frente aos escândalos de superfaturamento envolvendo tais obras. Comparado a ilegalidade na construção desses bilionários empreendimentos públicos, os gastos do município com os ingressos, que nesta sexta-feira serão devidamente ressarcidos, é fichinha, uma gota d’água espalhada no oceano. É o mesmo que alguém usar uma metralhadora ponto 50 para atirar num mosquito, enquanto que, para afastar um bando de leões e hienas famintos,  essa mesma pessoa usa um revólver calibre 22.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.

terça-feira, 10 de junho de 2014

ARTHUR MANDA REABRIR O BAR CALDEIRA FECHADO SOB ORDEM DE UM MAJOR DA POLÍCIA MILITAR



Por: Vereador Mário Frota*
Fui à tribuna, relatei aos colegas os fatos e deplorei a atitude dessas pessoas que lacraram e ameaçaram esses dois bares, dos mais tradicionais de Manaus, símbolos da nossa história, a exemplo de outros estabelecimentos como o Café Pina, Bar do Cipriano, Jangadeiro, Katikero e São Marcos, esse ora fechado, mais conhecido pelos boêmios da cidade como bar dos Cornos.
Costumo dizer que o governante, por mais bem informado que seja, enfrenta dificuldades de ver o que acontece nos andares de baixo da sua administração, principalmente no que diz respeito aos subordinados que ocupam o terceiro e quarto escalões.
Nessa segunda feira fui surpreendido em meu gabinete com a notícia de que o Bar Caldeira, manu militari (por meio da força), havia sido fechado por decisão de um grupo integrado por várias secretarias do município, sob o comando de um major da Polícia Militar que, segundo afirmou de público, “estava cumprindo decisão do Ministério Público do Estado”. No outro dia, o mesmo grupo fez ameaças de fechamento aos proprietários do Bar do Armando, segundo apurou o assessor do meu gabinete, designado para apurar a ocorrência.
Ao receber a denúncia liguei para o Roberto Moita, diretor presidente do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano - Implub, que recebeu a notícia dizendo-me que, em nenhum momento havia dado tal ordem de fechamento do bar em questão. O que sabia, afirmou, é que alguém havia lhe comunicado sobre a visita dessa comissão à boate Remulos, situada no centro, considerada, pela presença de drogas, uma espécie de área vermelha.
Fui à tribuna, relatei aos colegas os fatos e deplorei a atitude dessas pessoas que lacraram e ameaçaram esses dois bares, dos mais tradicionais de Manaus, símbolos da nossa história, a exemplo de outros estabelecimentos como o Café Pina, Bar do Cipriano, Jangadeiro, Katikero e São Marcos, esse ora fechado, mais conhecido pelos boêmios da cidade como bar dos Cornos.
O que me foi relatado pelo proprietário do estabelecimento lacrado é que um major da Polícia Militar, que dava segurança à tal operação, em dado momento – e isso aconteceu no Caldeira – pegou um microfone e, possuído de  pura histeria, aos gritos mandou que os frequentadores se retirassem de imediato,  pois que o bar estava fechado, interditado. Turistas, incluindo alguns italianos e ingleses, foram empurrados para fora do estabelecimento. Resultado: algumas pessoas saíram sem poder pagar a conta, fato que redundou em prejuízo para o proprietário do bar, Carbajal Gomes.
No Bar do Armando não foi muito diferente. Fatos profundamente lamentáveis que nos enchem de vergonha e revolta. Fechar e ameaçar esses estabelecimentos históricos da nossa Manaus seria o mesmo que o governo do Rio de Janeiro mandasse interditar os bares da Lapa, o bairro boêmio mais famoso do País, ou o Amarelinho, da Cinelândia, inaugurado em 1924, que funciona 24 horas por dia. Confesso que é até difícil alguém admitir que tal fato tenha acontecido.
Do meu gabinete telefonei para o prefeito Arthur Virgílio Neto, colocando-o a par dos acontecimentos. Confessou-me que não sabia de nada, mas que, de imediato, iria se inteirar dos fatos e reparar a injustiça praticada. Pelo tom de voz, percebi que o prefeito recebeu a notícia e ficou profundamente contrariado. Não demorou muito, recebi telefonema de um dos secretários do município, afirmando que o Arthur o havia incumbido de agir, com a máxima rapidez para reparar o incidente contra os dois citados bares. Pelo o que me falou esse secretário, pessoa que, aliás, priva da minha amizade pessoal, o prefeito Arthur Neto estava muito aborrecido com o ocorrido, garantiu-me.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.