quinta-feira, 31 de outubro de 2013

SERAFIM E AMAZONINO EMPURRAM O ADOLPHO COM A BARRIGA E ARTHUR FAZ GOL DE BICICLETA



Texto: Vereador Mário Frota*
O Arthur está de parabéns porque cumpriu à risca a sua palavra, porém, quem mais ganha é o povo do Amazonas que hoje pode exibir com orgulho, para o Brasil e para o mundo, umas das suas mais belas joias arquitetônicas.
O mercado Adolpho Lisboa, depois de tanto tempo, pois que entrou em reforma há mais de sete anos - reforma essa iniciada na administração Serafim Correa e prolongada na gestão Amazonino Mendes - finalmente, agora, pode ser visto exatamente como quando foi inaugurado à época do apogeu da borracha, num tempo em que Manaus era vista como uma das cidades mais ricas do planeta.
O Adolfo Lisboa, mais conhecido pelo nosso povo como Mercadão, é, segundo estudiosos da arquitetura, o mais completo exemplo do art nouveau francês no Amazonas. Portanto, enquanto dois ex-prefeitos empurraram com a barriga a revitalização do Adolpho Lisboa, o Arthur, dando cumprimento às suas promessas de campanha, o inaugurou no 10º mês da sua administração.  Verdadeiro gol de bicicleta.
Hoje um jornal local informa que algumas goteiras foram detectadas ontem por ocasião de uma forte chuva. Nada a preocupar. A empresa construtora do telhado já está realizando os reparos necessários. Em verdade, são pequenos ajustes naturais em construções novas. Segundo o dirigente da citada empresa, logo tudo estará normalizado.  É só uma questão de tempo.
Os permissionários sofreram por todos esses anos sem saber a quem recorrer. Obrigados por todos esses tempos a sobreviver em baixo de uma latada, já haviam perdido as esperanças de voltar ao antigo lugar de trabalho, até que, finalmente, o Arthur apareceu e os salvou do sofrimento e da humilhação.
Agora, mais de sete aos depois eis que retornam a trabalhar nas dependências do Mercadão, usufruindo do conforto da modernidade, trabalhando e ganhando o pão de cada dia num lugar digno, bonito, que nos remete aos tempos áureos de uma época em que Manaus era uma extensão de metrópoles européias, principalmente de  Paris, à época  conhecida por cidade luz, modelo, naqueles  tempos, a ser imitado em todo o mundo.
Que beleza! Finalmente o nosso Mercadão está de volta. Tão bonito quanto na época em que foi construído. O Arthur está de parabéns porque cumpriu à risca a sua palavra, porém, quem mais ganha é o povo do Amazonas que hoje pode exibir com orgulho, para o Brasil e para o mundo, umas das suas mais belas joias arquitetônicas.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

GENERAL DIZ QUE GOVERNO TRATA A AMAZÔNIA COMO COLÔNIA




 Villas-Boas: “A Amazônia não está integrada ao restante do País” (Foto: Joel Rosa/Em Tempo).
Texto: Vereador Mário Frota*

A ocupação racional da Amazônia pelos brasileiros deve ser objetivo e responsabilidade de todos, haja vista que, em razão das suas potencialidades é compreensível, é óbvio, que nações poderosas gostariam de abocanhá-la.
O Comandante Militar da Amazônia, general Eduardo Villas-Boas, surpreendeu a Nação com a sua entrevista corajosa e patriótica, concedida ao jornal Folha de São Paulo em que, com muita independência e sem medo de qualquer represália política, assumiu a defesa da Amazônia, afirmando, entre outras,  que  “o governo do País trata  a Amazônia como se fosse uma colônia, e não uma  região que abriga soluções capazes  de solucionar alguns dos grandes problemas que afligem a humanidade”.
Com certeza que os donos do poder, ou seja, os poderosos de Brasília não gostaram da afirmativa do ilustre general de que “o Brasil desconhece a Amazônia”. E foi mais longe quando afirmou que “a Amazônia não está integrada ao restante do País, assim como não há conhecimento no centro-sul da  sua realidade, de suas potencialidades”.
Prosseguindo, ou seja, metendo o dedo numa ferida que sangra, mas que o governo federal não dá a mínima, disse que “a Amazônia não é analisada, interpretada, estudada e compreendida numa visão centrada da própria Amazônia, fato que nos coloca – alertou – numa posição periférica”.
Na opinião do Comandante Militar da Amazônia, as informações das necessidades das populações que vivem na região chegam deturpadas, distorcidas, absolutamente desfocadas no centro-sul do Brasil, daí a montagem de soluções inapropriadas para a região. Acertadamente, o general Villas-Boas aborda o histórico descaso das autoridades federais com a educação, a saúde e o apoio econômico à região, inexistente pela ausência de bancos oficiais. 
Prosseguindo, lembrou a ausência do INSS e de hospitais ao longo do extenso território da Amazônia brasileira. O que supre a presença do estado brasileiro ao longo da Amazônia são as Forças Armadas, que ajudam a minorar o sofrimento das populações necessitadas espalhadas ao longo da região, em especial nas áreas de fronteiras.
O general Eduardo Villa-Boas é um brasileiro que conhece a nossa Amazônia como a palma da sua mão. Ama-a e sofre por ver a forma errada, vesga, como as autoridades federais tratam uma região que  não tem similar no mundo, o planeta água como a chamava  o meu inesquecível e sábio  professor de Economia Política, Samuel Benchimol. Para o mestre, a Amazônia era tão importante para o equilíbrio do mundo, que todas as nações ricas da Terra deveriam pagar uma espécie de taxa (imposto) pelo oxigênio que produz e beneficia  a humanidade como um todo.
Enfim, que o País ouça as palavras desse militar devotado à nossa região, alguém que, do alto da sua responsabilidade com a segurança da Amazônia Brasileira, teve coragem de afirmar, ou melhor, enfrentar e dizer aos  poderosos de plantão em Brasília, que a Amazônia e o seu povo merecem respeito e consideração. O que todos sabemos é que a ocupação racional da Amazônia pelos brasileiros deve ser objetivo e responsabilidade de todos, haja vista que, em razão das suas potencialidades - pois que aqui temos riquezas imensuráveis, traduzidas na maior biodiversidade do mundo, a mais extensa floresta e o maior reservatório de água doce do Planeta - é compreensível, é óbvio, que, em razão de tudo isso, nações poderosas gostariam de abocanhá-la.
A cobiça internacional continua rondando esta região. Só os absolutamente idiotas é que fazem questão de não enxergar.

*Advogado;                 
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.    

  



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

QUE SINA A DO ARTHUR

 Prefeito Arthur Neto, fiscalizando obras (foto: A Crítica).
Texto: Vereador Mário Frota*

O prefeito de Manaus, Arthur Neto, mais uma vez está a consertar os desmandos administrativos deixados pelo Amazonino, só que, agora, os problemas são muito maiores do que os encontrados no passado. Em suma, a indústria do asfalto não passava de uma fraude. Uma mentira que o Negão passou para o povo, assim como a indústria da seca no nordeste que enriqueceu muitos empresários inescrupulosos.
No Nordeste existe a indústria da seca, aqui a do asfalto. Para acabar com essa pouca vergonha, eis que surge um prefeito, no caso o Arthur Virgílio, disposto a colocar em definitivo um basta a esse tipo de bandalheira com o dinheiro público, que por tanto tempo fez a alegria de administradores e empresários inescrupulosos, que faturavam fábulas do dinheiro público meramente pintando as ruas de Manaus com asfalto sem qualquer qualidade, que se deteriorava no primeiro inverno. 
Lembro-me, como se fosse hoje que, ao assumir a Prefeitura de Manaus, no seu primeiro mandato, o Arthur denunciou, pela televisão, o asfalto deixado pelo Amazonino, uma espécie de borra sem qualquer consistência, que ele, armado de uma faca de mesa, retirava pedaços sem qualquer esforço.  Mas vamos ver como começou essa história. 
Amazonino Mendes, até então um desconhecido, em 1983 foi nomeado prefeito de Manaus pelo então governador Gilberto Mestrinho. Após assumir, passou a asfaltar as ruas de Manaus, concluindo a pavimentação de seiscentas ruas, segundo o que era propagandeado à época pelos veículos de comunicação.
O povo engoliu a farsa, mas o Arthur a desmontou quando chegou ao poder, provando que não apenas o tal asfalto era de péssima qualidade, como também as ruas que ele dizia ter asfaltado não tinham meio fio e sistema de drenagem (esgotos) para as águas pluviométricas e das residências.
Em suma tudo não passava de uma fraude. Uma mentira, uma peta, que o Negão passou no povo de Manaus e, graças a isso, conseguiu eleger-se governador do Estado em 1986. Resultado: durante os seus quatro anos de governo, Arthur não só procurou melhorar a qualidade do asfalto que encontrou, como também tocou o único projeto de rede de esgoto que conheço além da que nos foi deixada pelos ingleses na área do centro.
Que sina a do Arthur. Mais uma vez está a consertar os desmandos administrativos deixados pelo Amazonino, só que, agora, os problemas são muito maiores do que os encontrados no passado. O exemplo são os milhares de ruas esburacadas e cheias de valas, sem falar no sistema de transporte coletivo absolutamente falido, com ônibus pegando fogo nas ruas ou, simplesmente, quebrados à espera de reboque.
O sistema de transporte coletivo, embora ainda esteja longe de ser o ideal, inegavelmente já apresenta melhoras. As ruas encontradas destruídas, esburacadas, neste verão começaram a receber asfalto de qualidade, mas precisamente concreto asfáltico, e não mais aquela lama misturada com areia, que eles teimavam de chamar de asfalto, que enriqueceu muita gente, mas que não chegava inteiro ao fim do primeiro inverno.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.